quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Falta de acesso a iemenitas pode causar fome em milhões, segundo PMA

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Programa Mundial de Alimentos afirma que insegurança alimentar já afeta 13 milhões de civis e número dos que dependem urgente de comida para sobreviver pode aumentar; conflito também levou à redução das importações.

Família no Iêmen teve casa destruída. Foto: Ocha/Charlotte Cans
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Após visitar os civis afetados pela violência no Iêmen, a diretora do Programa Mundial de Alimentos, PMA, declarou que a falta de acesso aos que precisam receber comida pode causar fome em milhões de pessoas.
Outro problema é a falta de financiamento para atender 13 milhões de iemenitas que enfrentam insegurança alimentar, ou seja, não têm comida suficiente. Deste total, a chefe do PMA, Ertharin Cousin, destaca que 6 milhões precisam urgentemente de assistência para conseguir comer.
Importações
Além da falta de alimentos, os civis no Iêmen não conseguem obter água potável e o acesso aos combustíveis é menor, criando o "cenário perfeito para uma tempestade", nas palavras da diretora do PMA.
Impactos no setor comercial de alimentação criaram fortes reduções nas importações, aumentando a inflação para vários produtos e commodities alimentares.
Como resultado, até pessoas que antes podiam comprar comida estão tendo dificuldades atualmente, segundo Ertharin Cousin. Ela passou três dias em Áden, Sana e Amran, conversando com famílias que abandonaram suas casas.
Desnutrição
Cousin também teve reunião com autoridades dos dois lados da linha de combate e com funcionários do PMA, de outras agências da ONU e de ONGs parceiras.
Sem ação rápida, a diretora acredita que os danos do conflito para as crianças serão "irreversíveis", já que 1,2 milhão de menores estão desnutridos e 500 mil crianças enfrentam desnutrição severa.
Desde o início do conflito no Iêmen, há quase cinco meses, o PMA conseguiu fornecer comida para 3,5 milhões. Uma operação de emergência está planejada para começar em setembro e vai custar US$320 milhões, por isso a agência pede aos países que ajudem a financiar a ação.
Desprezo pela Vida
A situação no Iêmen foi tema de um debate na tarde de quarta-feira no Conselho de Segurança. O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, que visitou o país recentemente, afirmou que todos os lados em conflito estão "desprezando a vida humana".
Stephen O'Brien lembrou que os ataques são "inaceitáveis", porque são os civis os que pagam o preço do confronto: quatro entre cinco iemenitas precisam de assistência humanitária.
Já o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, condenou um ataque ocorrido na noite de terça-feira em Amram. No ataque aéreo, 13 professores e quatro crianças foram mortos e 20 pessoas ficaram feridas.

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