domingo, 8 de novembro de 2015

Belfort atropela, bate recorde de Spider e lidera show brasileiro no UFC SP

Na categoria sugerida por Belfort, ele não precisaria nem subir na balança - Reprodução
Ao contrário do card preliminar do UFC SP, as disputas principais da noite renderam muitas alegrias para a torcida brasileira que lotou o Ginásio do Ibirapuera neste sábado (7). Encabeçados por Vitor Belfort, que vinha de derrota para Chris Weidman em maio, a trupe verde e amarela deu show e colecionou nocautes no octógono. Com destaque para o próprio ‘Fenômeno’, que de quebra ultrapassou uma marca histórica de Anderson Silva.
Vitor Belfort tirou a limpo duas diferenças com o americano Dan Hederson e, na batalha dos veteranos, anotou novo triunfo e desempatou a disputa som o segundo nocaute contra o banguela, ambos conquistados em território nacional, diante de uma derrota por pontos no extinto Pride.
O nocaute, conquistado ainda no primeiro assalto, representou o 12º triunfo desta forma do Fenômeno no UFC, marca inédita e histórica, um a mais do que o também brasileiro Anderson Silva e duas a mais do que o ‘Moicano’ Chuck Liddell.
“Quero agradecer a todos os brasileiros que ficaram de madrugada e vieram aqui. […] A gente cai, mais a gente levanta. Estou aqui para provar isso”, bradou o brasileiro após a vitória.
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A luta
Logo de início, ficou claro que ambos os lutadores estavam confiantes e esperavam o momento exato para colocarem em ação suas melhores armas. Do lado do americano, a potente direita, conhecida no mundo do MMA como ‘Bomba H”. A favor de Vitor, a velocidade da sequência de golpes que deixa os rivais sem chão.
Dito e feito. Assim que Hendo vacilou a parou de se movimentar por dois segundos, o peso médio (84 kg) carioca aplicou um chute alto potente que desequilibrou o atleta visitante. No chão, o brasileiro se posicionou de forma confortável para desferir uma avalanche de golpes que obrigaram o árbitro Mario Yamasaki a interromper o confronto. 

Franco favorito para a disputa, Glover Teixeira deixou claro que merecia o status. Melhor em pé e disposto a trocar golpes o tempo todo e ceder quedas ao adversário, o meio-pesado (93 kg) mineiro foi o agressor o tempo todo e deixou o americano Patrick Cummins sem saída.
Wrestler nato, o americano anotou duas quedas no primeiro assalto, mas em nenhuma delas conseguiu segurar o brasileiro no chão. E, uma vez em pé, Glover sobrou e deixou o visitante nocauteado em pé e salvo pelo gongo, a ponto de precisar da intervenção do árbitro para segurar o agressor antes que o pior acontecesse.
Cena que se repetiu praticamente da mesma forma, não fosse o tempo restante no cronômetro, o que obrigou Herb Dean a decretar o nocaute técnico do americano, que sofria uma saraivada de golpes sem defesa junto à grade do cage.
Show à parte
Apontado pela mídia nacional como a grande aposta do MMA nacional, Thomas Almeida deu mais um show no octógono. Aos 24 anos, o paulistano anotou sua 21ª vitória na carreira, em cartel que permanece invicto e que conta com apenas um triunfo por decisão dos jurados.
Diante de sua torcida, o peso-galo (61 kg) não tomou conhecimento de mais um rival e atropelou lgo no primeiro assalto. Mais calmo do que de costume, o especialista em muay thai foi sentindo a força do rival e, aos poucos, dominando o octógono. Quando percebeu que era dono do combate, foi questão de tempo.
Um knock down, uma tentativa frustrada de finalização e um chute voador que passou no vazio apenas abriram o caminho para o nocaute espetacular que deixou Anthony-Birchak desacordado e com a perna torta no chão.
“É uma oportunidade única lutar na minha cidade, para este público maravilhoso. Ele e um cara duro, um homem de verdade. Estou amarradão por crescer na minha carreira. Quero lutar contra quem o UFC quiser”, bradou o novo fenômeno de público e crítica.
Um duelo antes, o sempre carismático Alex ‘Cowboy’ levantou a torcida ao entrar no ginásio dançando um famoso hit sertanejo e, com o sorriso no rosto, entrar no octógono para encarar o polonês Piotr Hallmann, que deu trabalho.
Depois de dominar as ações no primeiro assalto, o brasileiro foi rendido na segunda etapa e, ao cair por baixo, não mostrou recursos suficientes para reverter a situação. Resultado: amarra e esperar o próximo giro do gongo. Dito e feito e, logo nas primeiras movimentações, novo nocaute para o especialista em muay thai.
Decepções brasileiras
As primeiras lutas do card principal do UFC SP mancharam a noite brasileira e garantiram fortes decepções para a torcida que lotava o ginásio do Ibirapuera. Logo de cara, o queridinho da torcida Fabio Maldonado decepcionou mais uma vez e viu sua situação ficar complicada na organização ao acumular terceira derrota em quatro apresentações.
Diante de Corey Anderson, americano que aceitou o duelo em cima da hora, o “Caipira de Aço” repetiu todos os seus defeitos das apresentações anteriores: começou devagar, foi quedado facilmente e dominado no solo. Mas, desta vez, o rival não cansou e repetiu a receita durante três rounds para pontuar o suficiente para que não houvesse dúvidas. Vitórias por decisão unânime para todos os juízes em todos os assaltos.
Um duelo depois, foi a vez de Gilbert ‘Durinho’, pupilo de Vitor Belfort que perdeu a invencibilidade de dez lutas no MMA diante do russo Rashid Magomedov. Depois de um início promissor, quando derrubou e controlou as ações no chão, o brasileiro foi “decupado” pelo adversário e, a partir daí, dominado completamente.
Sem sucesso nas investidas de quedas, Durinho passou a sofrer com a contundência de Magomedov em pé e sofreu dois knock downs decisivos para a decisão dos árbitros laterais. Ao final da terceira etapa, o pupilo de Belfort não conseguia mais se defender e dava claros sinais de que reconhecia a superioridade do oponente.
Confira os resultados do UFC SP:
Vitor Belfort nocauteou Dan Henderson no 1º round;
Glover Teixeira nocauteou Patrick Cummins no 2º round;
Thomas Almeida nocauteou Anthony Birchak no 1º round;
Alex ‘Cowboy’ nocauteou Piotr Hallmann no 3º round;
Rashid Magomedov venceu Gilbert ‘Durinho’ por decisão unânime;
Corey Anderson venceu Fabio Maldonado por decisão unânime;
Gleison ‘Tibau’ finalizou Abel Trujillo no 1º round;
Johnny Case venceu Yan Cabral por decisão unânime;
Thiago Tavares finalizou Clay Guida no 1º round;
Chas Skelly finalizou Edimilson ‘Kevin’ no 2º round;
Viscardi Andrade venceu Gasan Umalatov por pontos;
Jimmie Rivera venceu Pedro Munhoz por decisão unânime;
Matheus Nicolau Pereira finalizou Bruno Rodrigues no 3º round. 
AgFight 

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